Nem tudo o que escolhemos nos faz bem…
Alguns dias atrás, postei no Facebook: “Nem tudo o que escolhemos nos faz bem”. Meus últimos dias foram bem difíceis, doídos e diretamente relacionados a esta frase.
Hoje, lendo o blog de uma amiga, vi o clip de Same Mistake, do James Blunt. Adoro essa música e ela diz assim: “I´m not calling for a second chance, I´m screaming at the top of my voice. Give me reason but don´t give me choice, cause I´ll just make the same mistake again.” [Eu não estou pedindo por uma segunda chance, estou gritando com toda a força da minha voz: Me dê a razão, mas não me dê escolha, porque eu cometerei o mesmo erro novamente].
E invariavelmente caímos nisso. Erramos porque esperamos que alguém faça algo por nós… que alguém nos retribua o que damos… que alguém nos ame como amamos… Mudam-se as pessoas e os papéis que interpretamos no roteiro de nossa vida são sempre os mesmos.
Somos sim nossos piores inimigos e, na verdade, os únicos inimigos que temos. Se somos todos reflexos uns dos outros, ou espelhos, aquilo que estamos vendo no outro é exatamente aquilo que existe em nós… Aí sim, a dúvida está instalada. Vivemos o que escolhemos viver… sempre! Se o outro não está emitindo o sinal que estamos estamos esperando, melhor prestar atenção em qual sinal estamos emitindo. O problema sempre está na percepção. Ao alterarmos a nossa forma de perceber algo, alteramos as circunstâncias ao nosso ao redor… trazemos o amor e a prosperidade para o nosso caminho.
É por isso que quanto às escolhas, sabiamente diz Philip Pullman no livro A Bússola Dourada, “As bruxas nada possuem, de modo que não estamos interessadas em preservar valores ou ter lucro, e quanto a escolher entre uma coisa e outra, quando se vive por muitas centenas de anos, aprende-se que toda oportunidade voltará.”
Ou seja, quando conseguimos afinar nossa vibração (composta por nossos sentimentos, pensamentos, ações e reações) com nosso coração, com a nossa verdade interna, voltamos ao nosso centro de equilíbrio e o que de fato é importante para nossa alma se materializa em nossa vida. Esse é o poder de criação que temos, de acessar a energia que permeia tudo e todos para nos modificarmos … e aí, relacionamentos afetivos são retomados, empregos são consolidados ou surge uma promoção, a saúde é recuperada, os milagres acontecem!
Muitas vezes, situações já vividas antes se repetem ou pessoas do passado ressurgem (eu chamo esse processo de a-volta-dos-que-não-foram), ou ainda conhecemos pessoas que se comportam conosco de maneira igual a alguém de uma época anterior. Estas são algumas das oportunidades que a vida nos traz, e ela faz isso porque em algum momento, de algum jeito, pedimos uma nova oportunidade, seja no amor ou seja na dor.
E as oportunidades voltam exatamente porque nada é imutável, escolhas são feitas a cada segundo. O que é bom pra nós hoje (‘e queremos, pagando o preço que for pra isso’), amanhã pode não ser mais. Mas se enviamos essa vibração para o Universo, seja num momento de raiva, de dor, de apatia, ou qualquer outro momento, esteja certo de: o Universo irá conspirar e trará a você o que está pedindo, seja daqui a um mês ou 10 anos. Tudo o que escolhemos de maneira limitada, estabelecendo prazos, rotulando pessoas, certamente virá, mas pode nos causar dor e instabilidade geral.
O que nos tira do eixo e bagunça nosso dia a dia e a nossa vida é entrarmos na vibração do medo, do sentimento de que estão nos tirando tirando algo. Ninguém tem esse poder, da mesma forma como não temos poder algum sobre qualquer pessoa que seja. Resumidamente: “Eu não posso fazer nada a respeito do que você pensa sobre mim, mas posso fazer tudo a respeito de como vou administrar sua opinião sobre mim dentro de mim. E fazendo por mim, dentro de mim, ou você se enquadra na minha nova percepção ou você sairá da minha vida e seguirá o seu caminho, em paz, livre, mas principalmente, sem dor pra mim.”
Temos apenas duas escolhas a fazer sempre, em qualquer área, em qualquer situação: a escolha entre o amor e o medo. E apenas o amor nos traz o que queremos pra nos fazer feliz! Fora dele, o que escolhermos não nos fará bem.
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